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segunda-feira, 30 de maio de 2016

As particularidades das escritas silábico - alfabéticas

Ao apreciarmos uma orquestra, com violinos, trombones, violoncelos e flautas, entre outros instrumentos. Você seria capaz de distinguir entre os sons produzidos pelos de sopro e os de corda? A maioria das pessoas  leigas em música, considera isso difícil. Da mesma forma, identificar os sons que compõem uma sílaba é uma tarefa complexa para os alunos que estão na faze de alfabetização de escrita silábica para a silábico-alfabética. Essa analogia foi feita pela psicolinguista argentina Emília Ferreiro, que sintetizou as conclusões a que chegaram pesquisadores por ela orientados no recente artigo A Desestabilização das Escritas Silábicas: Alternâncias e Desordem com Pertinência
Foi feita análises de escritas de crianças como Maria, 5 anos, que foi uma das bases feita da pesquisa da argentina Claudia Molinari. Desafiou Maria (aluna de 5 anos) a escrever sopa, a menina produz primeiramente uma escrita silábica: OA. Insatisfeita com a quantidade de letras - já que nessa fase a maioria das crianças acredita que sejam necessárias no mínimo três para garantir uma escrita legível -, ela acrescenta SP. O resultado final é OASP. "Todas as letras da palavra estão ali, mas em desordem (...). O que Maria produz são duas escritas silábicas justapostas", pontua Emília.
Em outra etapa do estudo, ela observou crianças realizando a tarefa de escrever consecutivamente uma mesma lista, primeiramente com lápis e papel e, em seguida, no computador. Focou a análise, portanto, em pares de palavras, o que evidenciou produções intrigantes, como as de Santiago, 5 anos. No caderno, ele representa soda como SA e na tela como OD. Salame vira SAM no papel e ALE na tela. Apesar de conhecer todas as letras de soda e de salame, ele não as coloca juntas. O fenômeno, explica Emília, é chamado de alternâncias grafofônicas.
Soluções curiosas como a de Maria e Santiago já haviam sido observadas pela pesquisadora mexicana Graciela Quinteros. Ela notou que crianças com hipótese silábica usavam algumas letras com três funções específicas - não correspondentes ao som da sílaba propriamente dito:
Recheio gráfico Para separar vogais iguais ou preencher um espaço dentro da palavra ou no fim dela.
A    P A E    A
á               gua

AM     OA
ma      çã 
Curinga Como substituta de uma sílaba ou de uma consoante que a criança não sabe grafar. A mesma letra aparece como curinga em várias palavras. 
O   MA    B
to   ma   te

AB    CI
ca    qui 
Nome da sílaba Para escrever uma sílaba inteira. É comum o uso do K para CA e do H para GA. 
BI    H     D   RO
bri  ga  dei   ro

K   SA
ca  sa
Alternâncias grafofônicas, escritas silábicas justapostas, uso de letras como recheio gráfico, curinga e substitutas de uma sílaba. As sofisticadas soluções são usadas pelos que estão saindo da hipótese silábica com valor sonoro convencional e construindo uma silábico-alfabética.
Para não confundir esses avanços é um ponto crucial, já que aparentemente a escrita dos silábicos é mais estável e fácil de interpretar, diferentemente da dos silábico-alfabéticos. "Quando estudei o artigo da Emília sobre desordem e alternâncias, passei a ver coisas que antes não via." Para conseguir enxergar e distinguir as peculiaridades dos silábicos-alfabéticos.
Ao identificar que o educando está nessa fase intermediária entre a hipótese silábica e a conquista da base alfabética, como fazê-lo avançar? "É preciso criar situações didáticas que favoreçam a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, levando-o a analisar o interior das sílabas", explica. Isso é útil quando ele se depara com palavras que começam e terminam com a mesma letra. Para identificar a que procura, a criança tem de analisar as letras do meio assim iram se associar e escreve las como devem ser e não cometermos os erros comuns como:
- Perguntar à criança "que letra está faltando?". Se ela soubesse, já teria colocado. O melhor é pedir que leia o que escreveu para que ela mesma decida por alguma alteração.

- Pedir que o aluno ouça o som da sílaba. O problema não é de audição, mas de concepção de escrita. Daí a importância de compreender como ele está pensando.

- Não orientar os estudantes por achar que eles devem construir a escrita sozinhos. É preciso oferecer a todos informações sobre a grafia das palavras, além de sugerir a eles fontes escritas e a troca com os colegas.

domingo, 15 de maio de 2016

Alfabetização Musical Diversificada e Inclusão

Os vídeos existentes no youtube que se encontra nesse blog ,é para ajudar você professor a ser um professor alfabetizador  de forma lúdica,através das canções e cantigas de rodas.
A Quebkimusic  que a anos vem desmistificando a música na aprendizagem teórica e prática de instrumentos musicais e na área clássica,ajudará a você alfabetizar crianças de primeiros e segundo anos iniciais,que desenvolveram habilidades de leitura através das figuras ,compreender as características do gênero em estudo como  as principais idéias, resolver situações problemas,identificar ritmos,estrofes e versos,localizando  informações no texto individual ou em grupos analisando informações com bases em dados obtidos onde desenvolverá ,atitudes de interação,colaboração e troca de experiências em grupo.
Você professor,brincando de rodas com seus alunos,ajudará eles a exercitar o raciocínio e a memória,estimulando o gosto pelo canto, pela dança, a brincadeira ,desinibindo os,tornando -os seguros e críticos na forma gostosa de aprender ludicamente. Segue -se vídeo  de sugestão de alfabetização
 Músicas que você poderá utilizar na aprendizagem de seus alunos

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Podemos Alfabetizar na Educação Infantil ?

A polemica sobre ensinar ou não das crianças a ler ou escrever tem origem em pressupostos diferentes a respeito de varias questões na educação infantil.
O que é Alfabetização?
Educadores renomados como a Drº Isabel Alarcão, Emília Ferreira e outros.....acham que é aquisição do sistema alfabético da escrita ou a capacidade de ler,compreendendo o texto,expressando por escrito.
Como se aprende a ler e escrever?
A aprendizagem perceptual ou conceitual motora.A perceptual base a-se  no reconhecimento e na cópia de letras,palavras e sílabas e a conceitual motora são práticas sociais mediadas pela escrita onde as crianças recebem informações contextualizadas.
Para que uma criança aprenda a ler e escrever o desafio esta no preparo do professor ser professor alfabetizador,onde existe uma didática específica,para que haja um desenvolvimento nas situações de ensino e aprendizagem de conteúdos específicos onde se estuda  as relações  entre o saber transformado em conteúdo de ensino, em que os alunos já vem com esse saber.Então surgem os enfrentamentos dos professores com esses saberes  adquiridos pelas crianças,surgindo então as didáticas que são as trocas de informações de opiniões no que pode -se fazer nas salas de aulas juntamente com conceitos teóricos já existentes onde inter-relações se estabelecem entre o que sabemos sobre os processos de aprendizagem das crianças no que saber ou estudar os saberes trazidos por eles será o movimento de estudos  específicos que serão objetivos de ensino e indagação empírico onde conhecimentos e saberes serão inter-relacionados.
Para um professor alfabetizador ,é necessário obter conhecimentos,transformados em práticas e no processo prolongado a didática vai surgindo com as reflexões da pratica do trabalho em salas de aula que através das análises e registros das aulas filmadas e escritas dará a tematização da prática que servirá na construção do conhecimento teórico didático onde o professor fará a análise da tematização sobre  a conceitualização da interação do aluno com esse conteúdo,tornando os produtivos para o aprendizado onde professores poderá gerar uma situação de simetria,tendo a possibilidade de fundamentar o que pensam e planejam,tornando o produto em discussão entre critérios e experiencias próprias ou de outros.
A leitura profissional e a escrita profissional serão ferramentas essenciais,que permitiram reconstruir critérios teóricos e desenvolver conhecimentos didáticos da prática do trabalho docente.
A professora Emília Ferreira em uma de suas palestras,frisa que "TODOS PODEM APRENDER", e não classificar nos primeiros dias de aula, as criança,como , é fraca,média ou forte.Não se pode ignorar o conhecimento adquirido que elas já trazem consigo, o professor tem que ter consideração e descobrir os valores existentes em sala de aula e ambos terão confiança  na troca de saberes entre aluno/professor e professor /aluno.
Na educação infantil as crianças recebem informações sobre a escrita brincando com a sonoridade das palavras,reconhecendo semelhanças e diferenças entre termos, manuseando materiais escrito como: revistas,gibis,livros,fascículos e outros, onde o professor poderá ler para a turma servindo de escrita na produção de textos coletivos.Sabendo que muitos alunos estão mergulhados na aprendizagem convivendo com adultos alfabetizados e com livros em casa ou aprendendo as letras  no teclado do computador onde chamamos de uma geração que vivem em um mundo letrado de uma ambiente alfabetizador de objetos alfabetizadores mesmo os que vivem na área rural.
Essa aprendizagem de ler e escrever é preciso que o aluno participe de atos  de leitura,escrita onde o professor alfabetizador envolverá os mesmos em atividades  que os façam pensar e compreender a escrita tornando os aptos a dar passos mais ousados em seus escritos e papeis de leitura.