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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O RACISMO NA EJA O DIREITO A EDUCAÇÃO

O RACISMO NA EJA UM DESAFIO
O DIREITO A EDUCAÇÃO
Esse tema vem para uma discussão com foco na formação dos novos professores da educação básica, formados no curso de Pedagogia, alertando para que tenha em seus currículos, o debate sobre a questão racial que envolve a EJA, viabilizando futuras práticas que valorizam e considerem os saberes, culturas e a própria história dos sujeitos negros.
No universo da pedagogia diversos autores relatam tal assunto que enfatiza a forte presença de pessoas negras na EJA, com histórias de vida e trajetória atravessadas, entre outros aspectos pela desigualdade de acesso e permanência nas escolas. Quanto a essa questão  Gomes Arroyo (2007) afirma:
“a educação na EJA é menos consensual que
 Na educação da infância e da adolescência
 Sendo os jovens e adultos trabalhadores,
Pobres e negros subempregados, oprimidos.
e excluídos”
Dentro dessa perspectiva espera que o professor compreenda as razões pela qual a maior parte das turmas da EJA, é formada por negros onde os indicadores socioeconômicos e educacionais fala das diferenças dos negros e não negros na sociedade brasileira. Na leitura de Arroyio diz que no contexto da ideologia da democracia racial, o sistema escolar público promove uma inclusão excludente ou uma integração seletiva, promovendo um vício muito eficaz para os propósitos excludentes para qual foi estruturado.
A questão é repensar na formação inicial com questões étnicas raciais presente ou ausente nos currículos de pedagogia. O que nos exemplifica que o sistema de impedimentos a educação eram formais e legalmente  instituídos  no final do século XIX  para o início do século XX que registrou quem poderia ou não ter direito a educação,onde a elite  criou  um projeto de nação que expressa nas desigualdades estruturais de raça,gênero e pobreza.Um exemplo drástico desse mecanismo foi a Lei 1/Jan/1837 em que o presidente da província que estabelecia no Rio de Janeiro,decidiu quem podia ir a escola; o artigo 3 dessa lei diz: são proibidos de ir a escola 1-Todas as pessoas que padessem  de doença contagiosa  2-Os escravos  e pretos africanos,ainda que sejam livres  ou libertos
São efeitos que se entende ate os dias de hoje onde encontramos um contingente de pessoas e negros analfabetos e não escolarizados.
A Constituição Federal de 1988 da o direito a construção do EJA, em seu artigo 208 diz: “É dever de o Estado garantir a educação do ensino fundamental, obrigatório e gratuito para todos que a ele não tiverem acesso na idade própria”.
Mais tarde surge a LDB 9394/96, em seu artigo 37.
A EJA será destinada aqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudo no ensino fundamental e médio na idade própria”
Para confirma o documento do CNE/CEB 11/2000 “Estabelece que todas as instituições próprias e integradas da organização de educação nacional nos diversos sistemas de ensino são obrigatórias à oferta dessa modalidade de ensino (EJA) e nos currículos de ensino fundamental e médio ofertem a EJA”.
Acredita se que todos os meios para uma boa educação esta elaborada pelas Leis que incentiva o retorno a educação aqueles que não tiveram acesso e quais seriam os motivos que levam esses sujeitos não permanecem na escola?
Acreditamos que tal razão se refere à infância e adolescência onde o acesso precoce ao trabalho, a dificuldade de aprendizagem considerando um currículo que não aborda diferentes culturas e conhecimentos as práticas pedagógicas excludentes, e sucessivas reprovações e etc... Esse estudo sobre esse histórico racial na EJA é para que o futuro professor da educação básica  formados nos curso de pedagogia é que  poderá atuar nas turmas da EJA ,conhecendo essas práticas para que não se repita  e seja mais uma vez excludentes.
Para Sacristan, o currículo deve ser: ”uma construção cultural para organizar uma série de práticas educativas, sendo um projeto de plano educativos composto de diferentes aspectos experiências e conteúdos”.
Corenzo, Janaina, propõem como currículo; ”projeto seletivo de cultura, cultural, social, político, administrativamente condicionado que preenche a atividade escolar e que torne realidade dentro das condições da escola, tal como se acha configurada.”.
Um curso de pedagogia em que seu currículo seja estruturado para a EJA, os profissionais teram arcabouço teórico e prático viabilizando a aquisição da leitura e da escrita de forma ampla crítica e adequada à interpretação e a invasão social. Desconstruindo a realidade das salas da EJA,onde é marcada por exclusão dos sujeitos e as práticas pedagógicas desconsiderem o contexto histórico  educacional brasileiros  da população negra.
Essa nova formação de profissionais pedagogo, aonde os centros de formação venham a incorporar nos currículos de pedagogia e licenciatura o conhecimento de nossa realidade multirracial, que ainda é marcada pela exclusão dos sujeitos devido às práticas pedagógicas não inerentes que desconsidera a história negra, espera se do novo professor que esteja bem preparado teoricamente, conhecendo a história dos sujeitos negros,pelo qual processo de exclusão foi passado e ainda passa,valorizando os saberes, culturas e histórias que os formam.

Por: Quebki,Queiroz claudemir 16/11/2017

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