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sábado, 2 de fevereiro de 2013

A Música como Ação Pedagógica no Ensino Fundamental e Médio


A Música como Ação Pedagógica no Ensino Fundamental e Médio:
Alfabetização

Este artigo tem por objetivo apresentar o grupo musical formado por alunos, adolescentes, senhoras e senhores que residem na área adjacente a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Hilda Vieira, localizado a travessa Marapanim, s/n no bairro da Marambaia, telefone 091-32318288, que tem na direção a professora ALINE VALENTE DOS SANTOS. É uma escola de grande porte, que funciona nos três turnos: matutino, vespertino e noturno; e tem o projeto de aceleração que atende os alunos com defasagem de idade (EJA) Educação de Jovens e Adultos. No fim do ano de 2012, a escola Hilda Vieira recebeu o projeto Quebkimusic, que propõem uma ação pedagógica através da música em seus diversos gêneros, trabalhando com os professores da escola interdiciplinarmente e multidiciplinarmente, envolvendo os alunos da 1º série a ultima série do ensino fundamental I e II. Juntamente com os Institutos Federais do Pará, que tem vários projetos entre eles o (PIBID), Programa Institucional Bolsa Iniciação Docência. Que juntos será de grande valia a educação do ensino fundamental I que implantará na escola Hilda Vieira uma brinquedoteca através de seu bolsista sobre a coordenação da professora Celiamar Simões, responsável pelo subprojeto: Produção de Material Didático Pedagógico, através de material alternativo. É um trabalho de ação pedagógica que envolve situações de ensino-aprendizagem, valores, comportamento, crenças, tradições culturais e sociais e ações ou atividades, ou atos pedagógicos que alunos, professores estagiários, monitores, funcionários e famílias que contribuíram nesse processo de ensino aprendizagem.

Palavras Chave: Música. Ação Pedagógica. Alfabetização.
























INTRODUÇÃO

A arte de manifestar em diversos sons e afetos de nossa alma, vislumbrando os sentimentos e resgatando valores inerentes à característica humana de fazer o bem e promover o bem-estar, auto-estima e o processo de auto-aprendizado.

1)      Música

É uma linguagem que comunica sensações e sentidos que passa por organização de som e silêncio. Está presente nas mais diversas situações, afetividade, cognição e a estética que são partes integrantes dela.

A música é a linguagem que se traduz em
Formas sonoras capazes de expressar e
Comunicar sensações, por meio da organização
E relacionamento expressivo entre o som e o
Silêncio. Ela esta presente em todas as culturas
Nas mais diversas situações: festas e comemorações
Rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas, etc.
Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo
Que, já na Grécia antiga era considerada como
Fundamental para a formação dos futuros cidadãos
Ao lado da matemática e da filosofia.
(Brasil, 1998.p.45).

O presente artigo tem por finalidade investigar se a música pode ser um instrumento de auxilio na ação pedagógica no ensino fundamental e médio. A música é uma ferramenta que contribui para a formação integral do ser humano. Por meio dela o educando entra  em contato com o mundo letrado  e lúdico.Ensinar utilizando  a música,ajuda o aluno a  valorizar uma peça musical,teatral,concertos,pois dando a oportunidade do conhecimento dos vários gêneros musicais que da a oportunidade de construir sua autonomia,criatividade,aquisição de novos conhecimentos e criticidade.
O aluno do ensino fundamental e médio, não é um ser estático, ele interage o tempo todo, com o meio. A música tem esse caráter de provocar esta interação, pois, ela traz em si ideologias, emoções, histórias que muitas vezes se identificam com as de quem as ouvem.
Percebe-se que em todo o ensino há necessidade de uma mudança, em relação à utilização da música na educação do ensino fundamental e médio, ela tem sido usada para fins de higiene, hora do lanche, comemorações cívicas em outras situações nem aparece no planejamento como ela deveria ser explorada. Não só na escola Hilda Vieira, mas nos demais instituto de ensino seja particular ou público estadual ou municipal.A maioria dos educadores não utiliza a música por não possuir a formação em música.Com tudo é preciso salientar que a música no Ensino Fundamental e Médio, significa trabalho com a linguagem musical, exploração dos sons,resgate cultural,repertório musical de vários gêneros.Conhecimentos esses que não necessitando formação específica (musical) do educador.
Esse projeto Quebkimusic na escola Hilda Vieira, não visa à formação profissional de educadores e educandos na área musical, e sim, dar lhes através da vivência e compreensão da linguagem musical e oportunizar e propiciar a abertura de canais sensoriais facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser aumentando seus conhecimentos e aprendendo a linguagem e a execução de alguns instrumentos musicais tipo: metais, cordas, sopros e percussão.
Essa pesquisa é exploratória. Os procedimentos utilizados além da pesquisa bibliográfica, foram análise qualitativa dos questionários aplicados com professores de artes, matemática, língua portuguesa e história da educação fundamental e entrevista semi estruturada com os professores de música e monitores de instrumentos musicais.Os resultados foram analisados e categorizados a partir das características da ação pedagógica apontadas por SACRISTAN (1999),contemplando os momentos de interação em sala aula denominados como: pré-ativa(planejamento),e pós-ativa(avaliação).Os resultados revelam que a ação pedagógica musical dos professores e monitores de música possuía a intencionalidade e a finalidade em aspecto musical, enfatizando a influencia da formação em educação musical, mas pude perceber que, na construção do conhecimento sobre o desenvolvimento infantil e sobre o desenvolvimento musical infantil, foi sendo construído na prática e vivência, com experimentação em sala de aula.A linguagem usada além da música e a  forma lúdica que se  difere de acordo com a faixa de idade do aluno, sendo possível perceber suas habilidades e dificuldades a partir do seu cotidiano nas suas ações.
A música esta presente na vida do ser desde os tempos mais remotos nas festas e rituais de todos os tipos como: nascimento, mortes, casamentos, recuperação de doenças, fertilidades, momentos de louvor a lideres e em procissões e outros. Podemos salientar o aparecimento da música mesmo antes da formação do homem, pois nos relatos bíblicos encontramos a presença da música sendo realizada por anjos que segundo o livro de apocalipse fazem isto incessantemente diante do trono onde esta sentado O Deus Todo-Poderoso (AP 07,11-12).
Psicólogos, terapeutas ocupacionais, cardiologistas, além de profissionais da educação e o próprio governo Federal já entendeu que a música é um instrumento que deve ser utilizado em tratamento terapêutico e educacionais, por isso foi criado a Lei no. 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina que a música deva ser conteúdo obrigatório em toda a educação básica.
“O objetivo dessa lei não é formar músico profissionais e sim desenvolver a criatividade, sensibilidade e a integração dos alunos”, diz a professora Clélia Craveiro, conselheira da Câmera de Educação Básica do (CNE) Currículo Nacional Educação, ele explica que a música não deve ser necessariamente uma disciplina exclusiva, ela pode integrar o ensino de arte. Antigamente era uma disciplina, hoje não, ela é apenas uma das linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar ainda artes plásticas e cênicas.A idéia é trabalhar com uma equipe multidisciplinar e nela ter entre os profissionais o professor de música.Cada escola tem autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de acordo com seu projeto político pedagógico.Apesar de ser uma boa iniciativa, o trabalho com equipes  multidisciplinares para o ensino de música ,não tem acontecido de forma satisfatória nas instituições de ensino.Pois trabalhar de forma interdisciplinar ou multidisciplinar  em escolas de educação básica é uma tarefa complicada.
A lei no. 11769 tornou o ensino de música obrigatório na escola do ensino fundamental, mas não se especifica quais séries devem ter música incluída em sua grade curricular. Segundo o presidente Nacional da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM),Magali Kleber,cada secretária esta preenchendo esta lacuna do seu jeito.Isso revela uma riqueza de que como é possível ter vários projetos pedagógicos para o ensino de música, assim a Escola Hilda Vieira aceitou o projeto musical Quebkimusic, que contribui para a formação  integral do indivíduo,reverenciando os valores culturais,difundindo o senso estético,promovendo a sociabilidade e a expressividade que introduz o sentido de parceria e cooperação e auxiliando no  o desenvolvimento motor, trabalhando com a sincronia de movimentos.O trabalho da música desenvolve as habilidades físico-cinestesica, espacial, lógico-matemático, verbal e musical.Ao entrar em contato com a música,zonas importantes do corpo  físico e psíquico são acionados: os sentidos,as emoções e a própria mente. Por meio da música a criança e o adolescente ou o próprio adulto expressa emoções que não consegue expressar com palavras.
O contato com os sons começa antes mesmo do nascimento, desde o momento da concepção, ela já é exposta aos sons intra uterinos, a voz materna também constitui material sonoro especial e referencial afetivo para a criança, daí a certeza de que a música esta presente antes do nascimento até a hora da morte do ser humano.
Os bebês, as crianças, adolescentes e os adultos interagem permanentemente com o ambiente sonoro que o envolve a música, já que ouvir, cantar e dançar é atividades presentes na vida de quase todos os seres humanos, ainda que de diferentes maneiras. Apresentar e dar oportunidade aos educandos do ensino fundamental e médio de conhecer e produzir vários ritmos e gêneros musicais trará a possibilidade de tornar-se um cidadão crítico capaz de comunicar-se por meio da adversidade musical.
Através das letras e lúdico, novos conhecimentos, concentração, autonomia, criticidade, ativará o cérebro, a sensibilidade, o raciocínio, expressão corporal. Quando questionado sobre a música como instrumento pedagógico os professores acham importantes por construir nas disciplinas curriculares: linguagens orais, escritas, matemática, natureza e sociedade, artes, educação física, o brincar e ainda estreita laço de amizades. 
Em relação às atividades com a música pode ser explorado: a linguagem do conceito de som e silêncio, brincadeiras estatuas, com produção de vários sons com o corpo, arrastando pés, batendo mãos nas diferentes partes do corpo, estimulando o desenvolvimento da linguagem falada por meio de canções que utilizam a linguagem gestual incentivando a criatividade, concentração e memória pela imitação de sons, criados pelos colegas, a utilização de brinquedos de diferentes texturas, formas e tamanhos que produzem som estímulos auditivos visuais e motores por meio de canções interpretadas com gestos, movimentos rítmicos, trabalho de percepção de pulsação com movimentos corporais com braços, mãos pernas, cabeça e tronco.



                                               “Quando trabalha a música com criança de cinco e seis anos 
                                                É importante lembrar que as estratégias adequadas
                                                Não seja somente fazer com que ela escute música
                                                Clássica ou tenha qual quer habilidade motora em
                                                Executar técnica em algum instrumentos, mas sim
                                                Estabelecer a relação de diversos sons e a qualidade
                                               “De ser agradáveis ou desagradáveis”
                                                                                                (MARCISO 1982, p.77)

A apreciação e interpretação musicam utilizando diferentes estilos musicais demonstram que as crianças podem aprender, a ouvir e comunicar seus sentimentos (alegria, tristezas, tensão, amor, amizade, respeito, carinhos e outros...), afinal a musica alimenta a alma e eleva o espírito. A presença do educador musical nas instituições de ensino fundamental e médio, apesar de agora ser uma lei que todos deveram ter um educador musical, impulsionará as transformações sociais e culturais, que ajudaram na qualidade educacional das crianças e adolescentes. Alguns estudos sobre a música como ação pedagógica de :Diniz (2005), Soler (2006),Tiago (2007), Beumont (2008), apontam para contribuição do professor de música nessas instituições de ensino fundamental.

2)      AÇÃO PEDAGÓGICA

O trabalho docente que envolve situações de ensino e aprendizagem, valores, comportamentos, crenças, tradições culturais e sociais e ações pedagógicas. Diz Azevedo (2007): “Esse conjunto de ações ou atividades ou atos pedagógicos que o professor realiza no processo de ensino e aprendizagem constitui uma ação pedagógica”. Sacristã (1999) caracteriza a ação pedagógica sob duas perspectivas: como parte integrante da prática educativa e como atributo da condição humana. Para ele a prática educativa é entendida como um sinal cultural parte de uma cultura educativa e é expressa em diferentes ambientes.
Nesse contexto os agentes educativos (professores, alunos, especialistas e políticos) por meio de suas ações estruturam a prática educativa, como transformadores da cultura e os transformadores de uma cultura educativa, a prática educativa pode ser entendida como praxi, que envolve a dialética entre o conhecimento e a ação com o objetivo de atingir um fim, buscando assim a transformação do mundo pela possibilidade de mudar os outros. Como transformados a prática educativa e considerada um conjunto de ações compartilhadas resultante da consolidação de padrões de ações perpassadas pela tradição.
Assim a ação refere-se aos sujeitos embora por extensão, possamos falar de ações coletivas a prática e a cultura acumulada sobre ações das quais se nutre. Diz Sacristã 1999, p.33, agimos a partir das ações, porque a fazemos a agimos a partir das ações por que fazemos a partir da cultura. Duas culturas: transformar e ser transformado,fazem com que as ações pedagógicas dos agentes educativos  sejam unidades de análise da prática educativa, ajudando assim a caracterizar e a  compreender a atividade de ensino com o foco no sujeito que age. Esse olhar para o sujeito contempla suas experiências, crenças, motivações, contextos de atuação e atuação docente direcionada ao educar.
Nessa dinâmica as dimensões pessoal e social da ação pedagógica se complementam e enfatizam a interação inerente a ação educativa. Essa interatividade  transcendente o contexto da sala de aula,pois os elementos organizacionais e outros,presentes na educação,condicionam também a ação pedagógica e, não podem ser analisadas de forma acética sem considerar os fatores externos que influenciam e interferem na subjetividade do docente ,com conseqüências na forma como ele se expressa e age.
A dinâmica pessoal e social-interativa, compartilhada e conjunta de ação pedagógica faz com que ela seja uma experiência processual, ao mesmo tempo aberta, incerta, imprevisível e criadora, pois, nunca pode ser totalmente determinadas. O agir docente carrega consigo esses significados sociais e pessoais que se tornam concretos em formas de intenções fins, motivos, vontades, crenças e interesses pessoais e coletivos. Essa ação do professor em sala de aula são definidas por Guathier et.al(2006), como pré ativo,faze de planejamento de ação;interativo faze de tomadas de decisão interativa  e pós ativo faze final de avaliação. A defasagem de conteúdos e a reprovação não são elementos isolados, um é a conseqüência do outro e, configura o ponto nevrálgico da escola. A implementação de ações que busca superação das desigualdades e a equidade pedagógica permite que o processo de aprendizagem dos alunos se desenvolva sem sofrimentos para eles, essas ações são chamados de ações pedagógicas. Uma ação pedagógica de máxima importância  na vida dos educadores para que haja um resultado satisfatório no seu todo numa escola é a formação continuada,que é um investimento de responsabilidade direta do sistema estadual de ensino e indiretamente do  estabelecimento de ensino e do próprio profissional,conforme a LDB(Leis de Diretrizes Básica),da educação.Lei 9394, art.67.
“O sistema de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando lhes inclusive, nos termos dos estatutos e dos planos de carreira de magistério público (...), aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento remunerado para esse fim (...) e outros. Acredito que essa é uma das ações pedagógicas mais importantes, pois, teremos educadores habilitados e capazes de exercer sua função e fortificar e implementar ações pedagógicas no convívio de uma escola em seu dia a dia. Com atividades diversificadas relacionada aos conteúdos organizados pelo educador e que serão desenvolvido pelos educando o que resultara em resultados positivos e, esses procedimentos estarão explicito no regulamento da escola. O Currículo escolar.
O currículo escolar é a espinha dorsal de todo processo educativo, dando ao professor a diretriz para o planejamento do processo pedagógico curricular e os conteúdos que deveram ser trabalhados em cada série em cada disciplina. Como mencionado no início deste artigo às ações pedagógicas são responsáveis também pelas ações administrativas, projeto que iram somar para um bom desenvolvimento da escola, da comunidade local e da família. As ações pedagógicas numa perspectiva escolar é uma questão de direitos humanos e, os indivíduos com deficiência devem fazer parte das ações pedagógicas na escola, as quais devem ser modificadas para a inclusão desses especiais.
A política de inclusão transmitida pela Declaração de Salamanca (Espanha 1994) relata que a política de inclusão dos alunos na rede regular de ensino que apresentam necessidades especiais, as ações pedagógicas devem atentar para o propósito de rever concepções e paradigmas respeitando e valorizando a diversidade desses alunos. Assim a inclusão vai significar que não é o aluno que se molda ou se adapta a escola, mas a escola consciente de sua função coloca-se a disposição do aluno.
Vigotsky (1998, p.76) afirma: “A separação dos aspectos intelectuais dos afetivos é um dos defeitos da psicologia tradicional”, sendo assim a música como ação pedagógica tem e irá contribuir muito com aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo lingüístico, psicomotor e sócio afetivo do educando, sendo especial ou não e na ação musical se induz no comportamento motor e gestual, que direciona as atividades lúdicas de alfabetização, escrita, leitura e que facilita a compreensão e associação dos códigos e signos lingüísticos, gerando a construção do saber.
O processo de alfabetização é uma das fases mais bonitas do aprendizado, pois é o primeiro passo para o conhecimento de si e da sociedade em que vive,conquistando assim seu espaço na mesma. A alfabetização permite que o aluno aprenda a ler realizar cálculos e muitas outras atividades que são essenciais na vida em sociedade. Mais alguns métodos ainda utilizados estão ultrapassados e não mais despertam nos alunos a magia, o prazer e o encantamento pelo que ainda não foi descoberto e,a música pode contribuir para tornar esses ambientes mais alegres e favoráveis a aprendizagem afinal como Snyder (1994.p,14)destaca propiciar uma alegria que seja vivida no presente é a dimensão essencial da pedagogia e é preciso que os alunos sejam estimulados,compensados e recompensados por uma alegria que possa ser vivida no momento presente.
Bréscia (2003.p, 25), destaca que a música é uma combinação harmoniosa e expressiva de sons e, como arte de se exprimir por meio de sons. Direcionando o processo de alfabetização, no recurso musical, percebe-se que uma aula com novos estímulos, nesse caso o auditivo, também proporcionava a construção da alfabetização por ligar o som a seus códigos lingüísticos sociais estabelecidos. Há também a questão da inteligência musical que Guardner (1995) na teoria das inteligências múltiplas, diz que deve ser inserida no currículo escolar como um elemento de estabelecer harmonia pessoal, facilitando a integração, a inclusão social e até o equilíbrio psicomático, se faz necessário as ações direcionadas á construção do ser.
Hoje os educadores precisam ser mais do que bons professores precisam ser facilitadores do aprendizado, trabalhando com novas técnicas e de maneira ampla para enxergar o aluno como um ser constituído de inteligência e emoção. Sendo assim é importante que o educador por meio da música direcione sua ação pedagógica alfabetizadora a uma formação crítica e sensibilizadora, que a música ajude os alunos a sentir,expressar,pensar na realidade ao seu redor desenvolver capacidades,habilidades e  competências, criando situações de comunicação e expressão para que o aluno se conecte ao imaginário e a fantasia dos processos de criação, interpretação desenvolvendo a dimensão sensível que a música traz ao ser humano.
Assim utilizar a música no espaço escolar será de fato um ato atrativo para as aulas sem perder a propriedade pedagógica e desenvolver métodos de aulas mais significativas e eficientes.
O gênero musical possui características e propriedades próprias e intrínsecas, que são adotadas com diversas finalidades, seja para se trabalhar dentro de sala de aula ou fora dela, em casa, ou na rua para brincar com amigos.
Os PCNs (Brasil 1998, p.79) destacam que: conhecendo e apreciando músicas de seu meio sociossocial e do conhecimento musical construído pela humanidade em diferentes períodos históricos e espaços geográficos. O aluno pode aprender a valorizar essa  diversidade sem preconceito estéticos ,étnicos culturais e de gênero.
Nesse contexto, trabalhar as cantigas de roda e parlendas, que são fontes ricas de regionalismo, historia e ludicidade, resgatando o contexto em que a criança vive e destaca o valor da história social e sua função dentro dela. Posso afirmar que depois de tantas pesquisas  e leituras feitas o primeiro contato que a  criança tem com as rimas,com a linguagem musical textual em forma  de poesias,ocorre no berço através das cantigas de ninar, posteriormente depois com as canções de cantigas de rodas  e as parlendas também consideradas como quadrinhas populares nos outros momentos de suas vidas,seja apenas cantarolando,seja utilizando a para brincar.
As cantigas de roda e as parlendas, quando direcionadas, apresentam se como recurso para a leitura lúdica no processo de introdução da criança no mundo da leitura. Com suas construções fáceis,poéticas e ricas em rimas, facilitando a compreensão do código lingüístico.
A Quebkimusic junto da pedagogia da IFPA, esta ressuscitando na escola Hilda Vieira suas parlendas com suas propriedades regionais folclóricas, históricas. O projeto contém um enunciado lúdico pedagógico pela sua forma e ritmo, desenvolvendo o aspecto psicossocial da criança e adolescentes, usando uma linguagem simples e atraente através da criação de uma brinquedoteca que segundo Cunha (1992), é um espaço preparado para estimular a criança possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos dentro de um ambiente especial lúdico.
É também um lugar onde tudo convida a explorar a sentir, a experimentar, tanto as crianças como adolescentes e até mesmo os adultos. Ao entrar na brinquedoteca todos são tocados pelos sentimentos expresso da decoração por que a alegria a magia são palpáveis pelos olhares, tornando o ambiente estimulador, incentivador e criativo. Como diz Winnicott 1975,1998 o brincar é sempre terapêutico e saudável sendo uma maneira de  descarregar a agressividade e reconhecer o mundo dividido em vários aspectos interdisciplinar tornando o aprendizado prazeroso e alfabetização gostosa de aprender e o letramento divertido de fazer.
É um ambiente onde a música esta inserida com as rimas aproximando a criança da construção parafraseada e demonstrando que a utilização dos códigos lingüísticos comuns entre as palavras é comum, facilitando as associações verbais e orais e agregando significativas as palavras através da repetição do reforço sonoro pela rima das onomatopéias, que agradam muito as crianças, jovens e adultos, memorizando as quadrinhas e canções inteiras que muitas vezes sem entender o som vamos penetrando a cadência e o ritmo dessas composições que são apresentadas e sem perceber vai agradando os ouvidos e alegrando o coração ao canta las repetitivamente até sem contexto, mas sempre implicitamente, construindo uma ligação entre o ser e o seu lugar na sociedade em que vive. A música então se coloca como uma importante peça como ação pedagógica através de suas parlendas e as cantigas de roda ou não. Fazendo um papel fundamental e imprescindível no processo de construção de sua alfabetização.
Paulo Freire pensou em um método de educação construído sobre a idéia de um diálogo entre educador e educando, onde há sempre partes de cada um no outro e, não poderia começar com o educador trazendo pronto, do seu mundo, do seu saber, o seu método e o material da fala dele. Assim  a música faz reviver o passado envolvendo o presente pensando no futuro.


A criança ao sair do seu mundo intra uterino


A criança vinda ao mundo
Ao nascer o pequeno bebe, ele sai do seu mundo escuro, quente e protegido, para penetrar no ambiente terrestre. Até as coisas mais elementares na sua vida ,como a respiração,são totalmente novas e devem ser  aprendidas para que ele sobreviva  no mundo externo.
Coma primeira inspiração inicia se um longo caminho de aprendizado em que muitas coisas têm que ser treinados, como por exemplo, alimentar se, ou melhor, alimenta se de algo exterior. O bebe deve aprender a levantar a cabeça, a sentar e finalmente a ficar em pé e andar.
A criança pequena brinca o tempo todo, mas, na verdade ela esta treinando. Todo tempo a criança brinca de levantar e sentar e acha engraçado nós corremos para ajuda La mas na verdade ela esta  treinando ou então ela joga o brinquedo e agente  pega e repete  exaustivamente e incansavelmente o movimento ate que a paciência da mãe se esgote e tira o objeto da mão da criança. Para nós adultos, tal procedimento é bobo e sem sentido, mas o que faz a criança na realidade?Ela esta penetrando no mundo onde atua rigidamente a força gravitacional, todo objeto que for abandonado no ar cairá ate se chocar com o chão ou contra alguém objetivo que se interponha. A vida intra uterina o poupava dessa força gravitacional,assim se a criança quiser,ficar de pé por volta de uma ano ficará em pé com suas próprias perninhas  ela deve ter tido antes intensas vivencias em relação a gravidade para alcançar a verticalidade como  ser humano.Ela deve nesse processo vencer a  relações de peso na terra,pois a verticalidade significa para o ser humano levantar suas cabeça,na influencia  unicamente terrestre o que  mais tarde possibilitara o pensar.                         
O que faz a criança quando incansavelmente, ao apanhar objetos e a deixa cair?Ela vivencia o confronto com a força gravitacional, não no nível do pensamento, mas como vivencia. Essa experiência de largar o objeto vê- lo cair e ouvi lo  chocar se no chão tem que se repetir  inúmeras vezes,ate que se torne vivencia madura.Um pano cai sutilmente até alcançar uma ante para,uma pedra já cai mais rápido e faz um barulho seco ao se chocar com o chão.Madeiras e metais tem cada qual o seu som característico ao cair assim por diante.São experiência tão intensas que as crianças se cansa e tem que dormir,será um ato de  feed back por isso ,enquanto dorme sorri como ato heróico fascinante
Temos que ter em mente que estado dessa criança é como um viajante que chega a um continente ou país, onde a natureza, as leis, os costumes e a linguagem das pessoas completamente desconhecidas. Tudo terá que ser  vivenciado e  aprendido,para que se torne conhecido.Não podemos esquecer que na  criança pequena o intelecto e a visão ainda não estão desenvolvidos.As mãos,as pernas,a barriga e a boca devem vivenciar,vivenciar  e vivenciar novamente vivenciar,até que a cabeça lentamente possa acordar e entender tudo em sua volta.Água,fogo,terra e outros.
Para entendermos o que esta sendo falada, a criança na escola quando o professor falar sobre córrego, ou rio, ou mar, cachoeira aparecerão em sua consciência inúmeras vivencias feitas com o elemento água, a água suave do regato que corre cintilante por entre seus dedinhos, a água salgada de um banho de mar, a água de um chuvisco que umedece a pele ou grossos pingos na cabeça no início de uma tempestade ou até a calça molhada quede tanto brincar molhou por esquecer-se de ir ao banheiro toda essa multiplicidade aparecerá quando o professor na época falar sobre água.
Por qual quer razão essa criança não tem tido essa vivencia com água, por que a mãe sentisse medo que a criança ao molhar se resfriasse, ou por não poder molhar ou sujar a roupinha, ou então horas sentada e só tenha feito vivencias com os olhos e ouvidos sem que as mãos tivesse tocado em algo ou os pés percebido alguma coisa. Como educadores saberemos e conhecemos a criança que  tiveram experiências ricas e intensas ao brincar.A criança de um modo geral procura suas vivencias pois ela tem necessidade elementar de confrontar se com força gravitacional e os elementos:ar,água,fogo e terra.
É característico que nos dois primeiros anos de vida ela de continuidade ao hábito elementar de sua vivencia pré natal tudo o que ele vê é levado à boca. Em outras palavras tudo é interiorizado  por isso tudo vai a boca,por que na sua existência pré natal percepção significa interiorização.Aos poucos vai aprender que aqui na terra ela pode utilizar de seus sentidos e conhecer apalpando,cheirando degustando,ouvindo e vendo