Seguidores todos que amem a educação

sábado, 22 de junho de 2013

Autora: Mara Regina Maraia Schoenberger A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ALFABETIZAÇÃO

RESUMO

Esta pesquisa bibliográfica demonstra a importância das atividades lúdicas na alfabetização, visto que jogos e brincadeiras são, conforme os estudiosos, experiências afetivas que se correlacionam ao ambiente e devem ser aplicadas nas crianças em fase escolar. Respaldada por expressivos referenciais teóricos, a proposta de trabalho apresentada permite afirmar a existência de jogos e brincadeiras infantis, que se bem aplicadas, certamente ajudarão no desenvolvimento da educação psicomotora e conseqüentemente, no processo escolar. A conclusão final permitiu ressaltar os principais aspectos da pesquisa que certamente farão com que os educadores motivem-se para a realização de novos estudos sobre o tema abordado
Palavras-chave: alfabetização,atividades lúdicas,jogos e brincadeiras infantis.

Introdução
O tema deste artigo é “A importância do Lúdico na alfabetização”. Aborda em especial a alfabetização, por ser a área profissional de minha atuação e considero também que o jogo e a brincadeira são meios que se têm de oferecer a uma criança uma aprendizagem menos rígida, de maneira alegre e divertida.  Percebe-se que os educadores da atualidade precisam utilizar-se do lúdico na educação infantil, pois ao separar o mundo adulto do infantil, e ao diferenciar o trabalho da brincadeira, a humanidade observou a importância da criança que brinca. Os efeitos do brincar começam a ser investigados pelos pesquisadores que consideram a ação lúdica como metacomunicação, ou seja, a possibilidade da criança compreender o pensamento e a linguagem do outro. Portanto, o brincar implica uma relação cognitiva e representa a potencialidade para interferir no desenvolvimento infantil, além de ser um instrumento para a construção do conhecimento do aluno.
O lúdico é um trabalho de ação pedagógica com enfoque no desenvolvimento e construção da linguagem, gesto, sons, imagens, fala e escrita, cuja prática pedagógica se apresente em forma de propostas de jogos e brincadeiras que permitam à criança tomar decisões, raciocinar rápido e ser criativa.
Esta pesquisa se torna relevante ao considerar a importância das atividades lúdicas como fundamental para a integração de todos dentro do processo educacional. Devemos buscar caminhos que possam oferecer condições para que o desenvolvimento dos educandos ocorra. Propor atividades e rever objetivos que produzam sentido para as crianças, em suas práticas reais.
Podemos ver que é através dos jogos e brincadeiras que proporcionamos a aquisição de novos conhecimentos, desenvolvendo na criança habilidades de forma natural e agradável. Os jogos e brincadeiras são necessidades básicas da criança, essenciais para o desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo.
Tanto o jogo quanto a brincadeira podem ser trabalhados em um universo maior. Podemos ver que a busca do saber torna-se importante e prazerosa quando a criança aprende brincando. É possível, através de jogos e brincadeiras, formar indivíduos com autonomia, motivados para muitos interesses e capazes de aprender rapidamente.
O método a ser utilizado nesta pesquisa será o dedutivo, através de pesquisa bibliográfica, bem como em revistas, artigos e sites especializadas em educação. No desenvolvimento  deste artigo  falarei sobre a importância dos jogos para o desenvolvimento da criança. Jogos; O que é jogo? Por que é importante jogar? Quando e como usar os jogos no dia-a-dia da sala de aula? A  importância e a necessidade que a criança tem de brincar para desenvolver a sua capacidade de criar e reinventar o mundo que ela vive. Brincar, o que é brincar? Porque é importante brincar? Brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento da criança.A  importância das atividades lúdicas no contexto escolar. Pode-se perceber que com o uso de jogos e brincadeiras na sala de aula, a escola garante um clima de prazer fundamental, tanto para a criança quanto para o educador. O brincar e o jogar na escola são ferramentas que o educador deve utilizar para a aprendizagem e desenvolvimento de uma criança, a atividade lúdica no processo de socialização trabalha com atividades lúdicas realizadas em dupla e grupo; Atividades lúdicas no dia-a-dia da sala de aula.

DESENVOLVIMENTO
CONCEITO DE  JOGO
Jogo é um ato de liberar tensões, fonte de prazer, alegria, descontração, convivência agradável e educativa. Falar-se de jogo é falar de atividades que envolvem prazer, regras, vencedores e perdedores.  É uma atividade social que garante a interação e construção do conhecimento da realidade vivenciada pelas crianças e de constituição do sujeito – criança como sujeito produtor de sua história.  
A abrangência do jogo está altamente ligada ao aspecto social, pois o ambiente social do escolar iniciante é o grupo de jogo. Ele oportuniza contatos em grupo, que requerem a mínima participação de agentes controladores de origem externa. A forma jogada possibilita o verdadeiro equilíbrio entre as ações dos membros de um jogo social e isso favorece um trabalho educativo, proporcionando aprendizagens importantes.

1

O jogo ganhou, nos últimos anos, sentido de prazer, de algo que se realiza sem conflitos, contribuindo para que as atividades não se desenvolvam num processo rígido. O jogo canaliza os ensinamentos sérios e importantes através do dinamismo, do prazer e da alegria. Podemos ver que por meio de jogos as crianças se relacionam espontaneamente e são capazes de respeitar o código estabelecido, e criar leis da própria atividade.
Sabemos que tanto o jogo quanto a brincadeira estão atrelados no mundo infantil, pois a criança adquire a aprendizagem jogando, pois jogando fornece a criança a possibilidade de construir uma identidade autônoma, cooperativa e criativa.Os jogos fazem parte do ato de educar, um compromisso consciente, intencional e modificador da sociedade. 


PÔR QUE É IMPORTANTE JOGAR?
Jogar é importante, por ser um procedimento de real valor no desenvolvimento de qualquer conteúdo. O jogo é um dos mais antigos e nobres processos de aprendizagem e, seguramente, contém as mais autênticas manifestações sócio-pedagógicas.Trabalhando com jogos o professor contará com um ambiente descontraído, onde a aprendizagem acontecerá naturalmente e evitará certos desgastes que um procedimento mais rígido, poderá proporcionar uma maneira prazerosa de trabalhar, durante vários momento dentro e fora da sala de aula.
PIAGET (1994:25) vê no jogo: “um processo de ajuda ao desenvolvimento da criança; acompanha-a, sendo, ao mesmo tempo, uma atividade conseqüente de seu próprio crescimento”.
 Afirma Piaget que o jogo proporciona à criança viver momentos de colaboração, competição e também de oposição, ensinando-as a conhecer regras, respeitar o companheiro e aumentar os contatos sociais, ajuda ainda na superação do egocentrismo. O jogo oportuniza o desenvolvimento motor da criança, permitindo que ela crie e monte seus próprio jogos melhorando as suas habilidades, motiva-a também a ultrapassar seus limites.
ALVES (1994:26), diz que:
“O jogo traz a visão do futuro. O jogo tem a visão do futuro em primeiro lugar por que seu espírito criativo está nas origens da humanização. Em segundo lugar porque está vinculado à criança e ao espírito infantil.”
O jogo é considerado um dos elementos fundamentais para que o processo de ensino-aprendizagem possa superar os indesejáveis métodos da descoberta, do conteúdo pronto, acabado e repetitivo, que tornam a educação tão maçante, sem vida e sem alegria. O jogo supõe relação social. Por isso, a participação em jogos contribui para a formação de atitudes sociais, respeito mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal.
QUANDO E COMO USAR OS JOGOS NO DIA-A-DIA DA SALA DE AULA
Os jogos devem ser utilizados no dia-a-dia da sala de aula, dentro de um objetivo. O importante é que seja proposto de forma que a criança possa tomar decisões, agir de maneira transformadora. Os jogos devem ser usados para fazer com que a criança reflita, ordene, desorganize, destrói e reconstrói o mundo a sua maneira.
Para Celso Antunes (1998:40):
“o jogo somente tem validade se usado na hora certa e essa hora é determinada pelo seu caráter desafiador, pelo interesse do aluno e pelo objetivo proposto. Jamais deve ser introduzido antes que o aluno revele maturidade para superar seu desafio e nunca quando o aluno revelar cansaço pela atividade ou tédio por seus resultados.”

As atividades realizadas em forma de jogos, utilizadas na hora certa e de maneira correta, proporcionam à criança condições para desenvolverem as relações sociais, aprendendo a se conhecerem melhor e a conhecerem e aceitarem a existência dos outros.                      O educador deve procurar despertar o espírito de cooperação e de trabalho conjunto no sentido de metas comuns. A criança precisa de ajuda para aprender a vencer, sem ridicularizar uma atitude de compreensão e aceitação.
Podemos ver que quando o clima da sala de aula é de cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura e emocionalmente e tende a aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder como algo normal, decorrente do próprio jogo. Cabe ao professor, em sala de aula ou fora dela, estabelecer metodologias e condições para desenvolver e facilitar este tipo de trabalho.
O QUE É BRINCAR?
O brincar é uma realidade cotidiana na vida das crianças, e para que elas brinquem é suficiente que não sejam impedidos de exercitar sua imaginação. A imaginação é um instrumento que permite relacionar seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem. É por meio das brincadeiras que as crianças se interagem no universo dos adultos, universo que já existiam quando elas nasceram e que só aos poucos elas poderão compreender.                                                                     
WINNICOTT (1975:63), estudioso do crescimento e desenvolvimento infantil, considera que:
“(...) o ato de brincar é mais que a simples satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprio, um fazer que se constitui de experiências culturais, que é universal e próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo (a criança) e com os outros (...).”
WINNICOTT também coloca o brincar como uma área intermediária de experimentação para qual contribuem a realidade interna e externa. Nesse sentido, a criança pode relacionar questões internas com a realidade externa, e tornar-se capaz de participar de seu contexto e perceber-se como um ser no mundo.
Analisando a concepção acima, podemos dizer que no ato de brincar, tanto o adulto quanto a criança estão plenamente libertos para a criação. E é através da criatividade, que o indivíduo torna-se pleno e sincronizado com a vida, dando valor a esta, percebendo suas potencialidades, além da importância das trocas interindividuais.
Podemos ver que na alfabetização o brincar é de fundamental importância para resolução dos problemas emocionais que fazem parte do desenvolvimento da criança.
 Brincar é uma atividade lúdica criativa no brinquedo, entra em ação a fantasia. O indivíduo criança ou adulto ao brincar, transforma a realidade e a realidade o transforma; cria personagens e mundos de ilusão, coloca-se diante do risco, do imprevisto, do suspense. Não há necessidade do resultado a alcançar.
 POR QUE É IMPORTANTE BRINCAR?
O brincar é importante porque proporciona uma ética da aprendizagem em que as necessidades básicas da criança podem ser satisfeitas. Essas necessidades incluem as oportunidades de praticar, escolher, preservar, imitar, imaginar, dominar, adquirir competência e confiança, de adquirir novos conhecimentos, habilidades, pensamentos, entendimentos e de conhecer e valorizar a si mesmo e as próprias forças, e entender as limitações pessoais.
MALUF (2003:20), diz que “é importante a criança brincar, pois ela virá se desenvolver permeada por relações cotidianas, e assim vai construindo sua identidade, a imagem de si e do mundo que o cerca.”
Para as crianças, o brincar é a forma mais perfeita de se comunicar, é um meio para perguntar e explicar, um instrumento que ela tem para se relacionar com outras crianças. Ainda insiste MALUF (2003:31): “Brincar é a forma mais perfeita para perceber a criança e estimular o que ela precisa aprender e se desenvolver.”
                   De acordo com a colocação acima podemos ver que por meio da brincadeira temos uma visão mais ampla da criança. Sendo assim, podemos ajudá-las no que mais precisam para aprender e se desenvolver. Brincando, as crianças aprendem mito sobre o mundo que as cerca e têm a oportunidade de procurar a melhor forma de se integrar a esse mundo que já encontraram pronto ao nascer.
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
O brinquedo caracteriza-se, ainda, pela presença do outro. Brincar é estar junto com o outro. É sentir o gesto, o olhar, o calor do companheiro. O brinquedo aproxima as pessoas, torna-as amigas, porque brincar significa sentir-se feliz.
Walter Benjamim (1984:42), diz que: “O brinquedo sempre foi e sempre será um objeto criado pelo adulto para a criança. Mesmo os brinquedos antigos como a bola, a pipa, desenvolveram as fantasias infantis.” Os brinquedos e brincadeiras propõem um mundo imaginário tanto as crianças quanto os adultos.
O brinquedo e a brincadeira possuem um papel de grande importância no desenvolvimento da criança. Esse papel é, sem dúvida, fundamental para a aprendizagem da leitura e da escrita, permitindo o desenvolvimento da iniciativa, da imaginação, da criatividade e do interesse.
A criança vive um intenso processo de desenvolvimento. Nela se expressa a própria natureza, e cada instante, surge uma nova função. Ao entrarem em ação, a criança busca atividades que lhe permita manifestar-se de forma mais completa. A primeira atividade é brincar e é através desse brincar, que ela desperta para o mundo, sendo o começo de uma série de outras atividades que se desencadeiam à medida que se tornam ação, levando-a a descobrir novas formas de aprendizagem.

A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR
As atividades lúdicas têm o poder sobre a criança de facilitar tanto o progresso de sua personalidade integral, como o progresso de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais. Ao ingressar na escola, a criança sofre um considerável impacto físico-mental, pois, até então, sua vida era exclusivamente dedicada aos brinquedos e ao ambiente familiar. Na escola, a criança permanece durante muitas horas em carteiras escolares nada adequadas, em salas pouco confortáveis, observando horários e impossibilitada de mover-se livremente. Pela necessidade de submeter-se à disciplina escolar, muitas vezes a criança apresenta uma certa resistência em ir à escola. O fato não está apenas no total desagrado pelo ambiente ou pela nova forma de vida e, sim, por não encontrar canalização para as suas atividades preferidas.Os jogos e as brincadeiras são muito importantes no processo de socialização da criança. É primordial que o brinquedo, o jogo, o lazer, o prazer marquem sempre um encontro com a criança na sala de aula. A brincadeira pode ser entendida como um diálogo simbólico entre a criança e a realidade em que está inserida.
Walter Benjamim (1984:70) sinaliza: “A criança quer puxar alguma coisa e torna-se cavalo, quer brincar com areia e torna-se ladrão ou guarda.”
Podemos ver que em cada unidade, há propostas de jogos, atividades lúdicas que visam incitar e excitar a imaginação das crianças e criar uma situação de aprendizagem. A criança brinca de bonecas, por exemplo, é uma brincadeira em que se aprende a compartilhar e a respeitar opiniões diferentes. Quando brinca de médico, geralmente reproduz formas de agir de médicos que já a atenderam ou que atenderam pessoas com as quais convive. Quando ela representa um médico, sua ação reproduz não um médico particular, mas um médico em geral, que realiza ações que ela pôde observar em suas diferentes experiências com médicos. A criança reproduz o que é típico, geralmente o que pode ser generalizado em uma situação, no caso de nosso exemplo, o que a criança sabe, o que ela já conhece sobre ser médico.
 ATIVIDADES LÚDICAS NO DIA-A-DIA DA SALA DE AULA
Para que um professor introduza atividades lúdicas no dia-a-dia de sua sala de aula ou que planeje atividades que contenham características necessárias para o desenvolvimento da criança. O professor precisa em primeiro lugar, reconhecer nas atividades lúdicas um espaço sobre diferentes aspectos do meio social e cultural em que as crianças vivem. É preciso que o professor coloque as crianças em situações de aprendizagem de aspectos da realidade que elas estão inseridas. O Lúdico apresenta valores para todas as fases da vida humana. O brincar é uma atividade natural, espontânea e necessária para a criança, constituindo-se por isso em peça importantíssima na sua formação. Seu papel transcende o mero controle de habilidades , é muito mais abrangente. Através das atividades lúdicas a criança constrói seu próprio mundo. Jogar, responde à necessidade de garantir uma posição ativa de ser sujeito em uma experiência,dominando-a. No jogo de papéis , a criança assume papéis da vida adulta, e isso proporciona que ela faça mediação entre o real e o imaginário.
Através dos jogos, o educando explora muito mais sua criatividade, melhora sua conduta no processo ensino – aprendizagem e sua auto estima, porém, o educador deve ter cuidado de como são afixados os jogos em seus fins pedagógicos , para que não se transformem em atividade dirigida e manipuladora. Se isso ocorrer o jogo deixará de ser jogo pois não será caracterizado com liberdade e espontaneidade.Uma das alternativas adotadas pelos educadores para que este problema da anulação do sentido do Lúdico não aconteça é evitar a intervenção no jogo.
O papel do professor é de fundamental importância para a difusão e aplicação de recursos lúdicos. O professor ao se conscientizar das vantagens do lúdico, adequará a determinadas situações de ensino, utilizando-as de acordo com suas necessidades. Uma aula inspirada no lúdico, não é necessariamente aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquela em que as características do brincar estão presentes, influindo no modo de ensinar do professor, na seleção dos conteúdos, no papel do aluno. O professor interessado em promover mudanças, como pesquisador estará em busca de ações educativas eficazes. Utilizando o lúdico o aprendizado se daria em um ambiente mais agradável, pontuado pela coragem de professores que não tem medo de sonhar. Uma aula lúdica é uma aula que se assemelha ao brincar - atividade livre, criativa, imprevisível, capaz de absorver a pessoa que brinca, não centrada na produtividade. A tensão do direito de saber, a vontade de participar e a alegria da conquista estarão presentes em todos os momentos desta aula. Através do lúdico o aluno desenvolve potencialmente sua criatividade e o indivíduo criativo é um elemento importante para o funcionamento efetivo da sociedade, pois é ele que faz e promove mudanças.
Através do Lúdico pode-se trabalhar vários conteúdos, pude perceber isto ao realizar trabalhos envolvendo contação de histórias, música, teatro , artes visuais, confecções de brinquedos ou jogos de sucatas e que muitas vezes estavam entrelaçados com assuntos diversos como meio ambiente, numerais , leitura e escrita, etc..

CONCLUSÃO
             A criança para apresentar um melhor desempenho nas brincadeiras e jogos precisa escolher livremente com quem e do que irão brincar. A função do adulto nessa atividade é de observador, uma vez que não é ele quem configura a atividade, porém, não se trata de um observador passivo, pois nesse momento pode perceber como estão se dando as relações de sociabilidade entre as crianças do grupo, quem consegue resolver sozinho seus desentendimentos, e a proposição de desafios inovadores.
Cabe também aos adultos a tarefa de instrumentar as crianças em todas as suas necessidades nas relações de socialidade, resolver conflitos, ajudar alguém mais solitário a se enturmar, informas as crianças sobre um repertório de brincadeiras, para que elas se utilizem livremente dessas possibilidades.É ingênuo pensarmos que, a criança por estar num espaço aberto privilegiado, como é o da escola (com árvores, bichos, escadas, quadras de areia, trepa-trepa e gira-gira) e, serem todos companheiros num mesmo grupo, as crianças tenham total desenvoltura e autonomia para criar brincadeiras, às vezes sim e as vezes não.
Por exemplo, as crianças que moram em cidades grandes, como São Paulo, não podem brincar na rua, freqüentemente, ela não tem nem quintal, as crianças não se encontram com outras crianças da vizinhança para que juntas possam brincar.Podemos ver que cabe ao professor e a escola propiciar de uma certa forma esse quintal que as crianças já não tem mais. A escola deve possibilitar ao aluno a ampliação de seus conhecimentos e por conseqüência suas possibilidades de leituras (diálogos), e isto pode ser feito de forma prazerosa, sem uma ruptura busca com cotidiano da criança, aproveitando as atividades lúdicas para adapta-las e socializá-las ao meio escolar, e ainda para iniciá-la no processo de alfabetização.
Durante toda a vida, mais na infância de forma muito especial, o ser humano passa por grandes transformações em termos de atividades, gestos e posturas. É preciso conhecer, passo a passo, estas transformações para poder compreender as necessidades da criança, estimulá-la e, acima de tudo, contribuir para que se desenvolva harmoniosamente, guardando para a vida adulta uma imagem positiva de si mesma e de corpo.
Podemos ver que o estudo sobre ludicidade na alfabetização não deve ser encarado como mero lazer ou simplesmente uma forma de distração e sim como uma aula muito importante que deve ser encarada com muito credibilidade.Podemos considerar importante a inclusão dos jogos, e brincadeiras como parte integrante dos métodos e procedimentos educativos de um programa de alfabetização em atividades infantis, principalmente quando envolvem a construção, a manifestação expressiva e lúdica de imagens, sons, falas, gestos e movimentos.Com o emprego de jogos e brincadeiras na sala de aula, a escola garante um clima de prazer tão fundamental para aquele que ensina e para aquele que aprende, pois, a sala de aula é um espaço de encontro, de inclusão, de trabalho mútuo e somente assim ela pode ser significativa para o aluno e para o professor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Rubem. Alegria de ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1994.
ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Summus, 1984.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado.Petrópolis: Vozes, 2003

WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

Nenhum comentário: