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sexta-feira, 6 de julho de 2012

NEES -Necessidades Educacionais Especiais-LÚDICO


Introdução

    Neste presente trabalho de pesquisa bibliográfica, analisamos as práticas lúdicas pedagógicas que são utilizadas como instrumento por diversos profissionais como; professores, educadores físicos, pedagogos e terapeutas ocupacionais, para o desenvolvimento físico, psíquico e social dos alunos portadores de necessidades especiais.
    Entende-se que seja importante desenvolver estas considerações a respeito do lúdico, pois ele mesmo faz parte da vida humana e possui um importante papel no seu desenvolvimento (MATERA et al, 2008).
    Podemos considerar que a maneira como a criança brinca ou desenha reflete sua forma de pensar e agir. Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes tais como atenção, memória, imitação e imaginação.
    Para que elas possam exercer suas capacidades de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhe são oferecidas (APARECIDA & MARTINI, 2007).
    É fundamental que se assegure á criança o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer, e viver, como diz a canção... como se fora brincadeira de roda... (MARCELINO, 1996 p.122).
    Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação, brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento (FERREIRA, 2007).
    Em relação as habilidades psicomotoras, podemos praticar diversas atividades corporais que envolvem jogos lúdicos e que desenvolvem precisão de movimentos(praxias), ritmo, sequência motora, noções espaciais e visomotora. Podem ser utilizadas bolas, cordas, desenhos no chão, peças ou figuras geométricas de diferentes tamanhos para a construção no espaço, atividades com argila, pintura, jogos entre outros (OLIVEIRA, 2006).
    Na Educação especial, devemos propiciar uma forma mais profunda de se trabalhar com o aluno. Levar em consideração as necessidades específicas, privilegiando-se a “escuta” do que realmente está acontecendo naquele momento. Isso porque o sistema simbólico e imaginário do aluno é único, nunca generalizando as situações (MAGALHÃES, 2008).
    O professor de Educação Física possui um papel importante neste processo, pois usando de criatividade e conhecimentos específicos, poderá desenvolver com eficácia as atividades lúdicas e recreacionistas. Sabemos que o ser humano aprecia o movimento, competição, diversão e entretenimento, e estes são os aspectos que o doscente irá trabalhar e explorar tendo em vista que já existe uma apreciação natural pelos alunos.
    Uma série de acontecimentos vem produzindo uma mudança gradativa na maneira de encarar a tratar a pessoa com necessidade especial, para o qual a atividade física pode significar melhores condições de vida e maior inserção social. Para que se possa chegar a essa situação, é necessário conhecimento das técnicas de orientação, da língua dos surdos e, principalmente, respeito à individualidade presente entre as pessoas. (DIEHL, 2006 p.341).
    A inclusão possui um papel importantíssimo, pois o professor deverá elencar em seu projeto de aula, atividades que supram as necessidades de todos. Os alunos regulares valorizarão as diferenças as quais contribuirão para a formação de uma cidadania consistente e igualitária, pois terão a oportunidade de vivenciar experiências como; solidariedade, compreensão, companheirismo e valorização do semelhante.
    Dentro deste contexto o objetivo deste estudo é analisar as práticas lúdico pedagógicas que vêm sendo abordadas nos últimos cinco anos por profissionais multidisciplinares aos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNE’s).
2.     Método
    Este estudo foi elaborado a partir de uma revisão sistemática de artigos publicados no Brasil sobre as contribuições das atividades lúdicas para alunos PEN’s nos últimos cinco anos. Os bancos de dados consultados foram Scielo, Pubmed e Lilacs. As palavras chave utilizadas foram: “Atividades Lúdicas”, “Educação Física”, “Inclusão”, e “PNE’s”.
    Foram coletadas 30 obras entre artigos científicos, monografias, dissertações e teses de doutorado que apontasse o lúdico como instrumento principal para intervenção com PNE’s.
3.     Resultados e discussões
    A Ludicidade é uma atividade que tem valor educacional intrínseco, mas além desse valor, que lhe é inerente ela tem sido usada como instrumento pedagógico considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia (TAVARES, 2008).
    Já Negrine (2000), afirma que a capacidade lúdica está diretamente relacionada a sua pré-história de vida. Acredita ser, antes de tudo, um estado de espírito e um saber que progressivamente vai se instalando na conduta do ser devido ao seu modo de vida.
    A utilização de brincadeiras e jogos no processo pedagógico faz despertar o gosto pela vida e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe surgirem. O lúdico possui uma relação direta com aprendizagem e o desenvolvimento da criança.
    Práticas pedagógicas são a ações ou atividades que o professor decide desenvolver com seus alunos no seu cotidiano escolar tais como um filme, passeio ecológico, dissertações, power-point, dramatizações, tendo os objetivos previamente definidos como habilidades e competências que ele quer que seus alunos vivenciem. Observando sempre as necessidades de cada aluno e suas limitações (SOUZA, 2006).
    Devemos observar que, neste aspecto, a inclusão possui um papel importantíssimo, pois o professor deverá elencar em seu projeto de aula, atividades que supram as necessidades de todos os alunos, levando em consideração as adaptações necessárias para o seu desenvolvimento.
    Observando as práticas pedagógicas com o intuito da inclusão, os alunos ditos “normais”, valorizarão as diferenças as quais contribuirão para a formação de uma cidadania consistente e igualitária, pois terão a oportunidade de vivenciar experiências como; solidariedade, compreensão, companheirismo e valorização ao semelhante.
    Este trabalho reuniu trinta obras científicas entre artigos, teses de doutoramento e monografias, apresentadas por diversos profissionais. Apresentamos as obras em ordem cronológica com seus respectivos autores, relatando seus objetivos e os resultados que foram encontrados através de suas pesquisas realizadas em salas de aula, nos pátios dos colégios, brinquedotecas nas instituições

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