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sexta-feira, 6 de julho de 2012

NEEs Necessidades Educacionais Especiais-Introdução

Desde a década de 40 e, mais intensamente, a partir da década de 90, iniciaram-se movimentos mundiais de luta pelos direitos humanos, nos quais se abordava fortemente as idéias de acesso universal á escola e de inclusão das crianças com necessidades especiais. Aqui no Brasil esta tendência se deu no início da década de 90, pelo crescimento de um modelo democrático de educação e pela formulação de leis para sustentar e manter a segurança de que as idéias concebidas para educação especial fossem realmente postas em prática. Desta forma, cada vez mais pesquisadores vem desenvolvendo seu trabalho nesta área, considerando a ludicidade como instrumento importante nas práticas diárias infantis.
    A brincadeira é um das atividades mais recorrentes da experiência infantil. Nas práticas cotidianas, é comum verificar crianças brincando de pique, de correr, de jogos de guerra e de casinha. Cada brincadeira é vivida como um momento em si, rico pela sua multiplicidade e diversidade conceitual.
    As crianças brincam porque necessitam e desejam compreender a sociedade adulta que as cerca, aprendendo regras de comportamento e assumindo papéis sociais específicos. Nesses termos, a brincadeira também se configura como campo rico para se observar a forma pela qual a criança pequena expressa e interpreta o mundo que as cerca, na medida em que tal atividade produz a oportunidade da criança expressar seus sentimentos a respeito daquilo que ela está vivendo, experiências passadas e daquilo que ela deseja para seu futuro.
    Infelizmente as escolas estão perdendo o real valor das brincadeiras que são atividades que possuem um valor extremamente educativo, definindo como “perda de tempo” estes momentos que poderiam ser ricamente explorados. Além disso, atividades lúdicas são colocadas como o improviso, ou seja, “tapa furo” naquele momento em que o professor faltou, ou mesmo quando não tenha preparado material suficiente para sua aula e, então, recorre-se a este provimento.
    O lúdico é o parceiro do professor, e é a partir deste conceito que ele deve interessar-se por esta idéia, e prover para seu aluno condições para que expresse seu mundo assumindo sua corporeidade.
    Este trabalho pretende chamar a atenção dos profissionais competentes sobre a relevância da atividade lúdica para os portadores de necessidades especiais. Uma criança cujo desenvolvimento está complicado por um “defeito”, não é simplesmente menos desenvolvida que as crianças normais de sua idade, mas é uma criança que se desenvolve de outro modo.
    Sendo assim, precisamos valorizar o brinquedo levando-o para a sala de aula e também munir os profissionais de conhecimentos para que possam entender e interpretar o brincar, assim como utilizá-lo para que auxilie na construção do aprendizado da criança.
    Para que isso aconteça o adulto deve estar muito presente e participante nos momentos lúdicos, observando e até mesmo intervindo quando necessário como mediador destas atividades. É preciso rever o processo educativo, possibilitando a igualdade para todos, visto que educar, incluir e brincar é atividades associadas.
    A educação deve ser para todos, independente das limitações e particularidades, e é sob este aspecto que a atividade inclusiva deve acontecer. Mas para que isso aconteça é necessário mudar os paradigmas e reorganizar o sistema educacional para possibilitar ao portadores de necessidades educacionais o desenvolvimento físico, psíquico e social.

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